quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Santo Padre Pio XII no dia 24 de julho de 1950 canonizou Maria Goretti, angelical jovem italiana e mártir da castidade aos 12 anos.

       Maria Goretti, a Santa Inês do século XX, é um modelo perfeito de amor à virgindade.
   Em Corinaldo, pequena povoação da Itália, a cinqüenta quilômetros da Ancona, nasceu Maria Goretti, dia 16 de outubro de 1890, sendo seus pais Luís Goretti e Assunção Carlini, que chegaram a educar sete filhos, em meio de dificuldades econômicas de vida. Como bons cristãos sabiam confiar na Providência do Pai celestial, que está no céu.
   Em busca, de sustento, percorreram vários povoados e aldeias, estabelecendo-se, finalmente, em Agro Pontinho, onde a 6 de maio de 1900, faleceu o pai de nossa heroína.

SITUAÇÃO TRÁGICA

     Naquela situação trágica, Maria Goretti, que apenas contava nove anos de idade, ajudava sua mãe e procurava animá-la, dizendo:
        Coragem, mamãe! a Providência nos guardará!  A  Senhora há de ver como iremos à frente!
 E a Mãe com o apoio de sua filhinha transformou-se em a mulher forte da Sagrada Escritura.
Após um ano que o pai havia falecido, conseguiram colher 300 quintais de trigo e 96 de favas, mas ao fazer as contas viram que faltavam 95 liras para pagar as dívidas.
Nas circunstâncias de penúria e miséria em que viviam, ainda em vida de seu marido, para que pudessem vencer as dificuldades financeiras, uniram-se com a família Serenelli, composta do pai viúvo, chamado João, com sessenta anos, e de seus dois filhos, Gaspar e Alexandre.

TERRÍVEL BATALHA

    Dia 5 de julho de 1902, pela tarde, sob um calor sufocante, achavam-se Assunção, mãe de Maria, e Alexandre Serenelli, trabalhando no campo de favas, a guiar dois “barrozze” ou arados puxados por bois.
   Maria Goretti achava-se, porém, em casa, a costurar uma camisa, como lhe havia pedido Alexandre.
  Em dado momento, já premeditado, Alexandre vai visitar Maria Goretti, dando qualquer desculpa a sua mãe, para que ficasse sozinha trabalhando com o arado. E assim fez.
  Com a alma cheia de sensualidade, Alexandre chamou por Maria. E o rapaz já se havia munido de uma barra de aço de uns vinte e quatro centímetros, afiada na ponta como um estilete, e que ele deixara em uma mesa próxima.
  Maria começou a tremer pois, conforme declarações posteriores do próprio assassino, ele havia tentado seduzi-la duas vezes, e a jovem conseguira escapar de suas garras, enquanto cobria seu rosto cheio de rubor pelas atrevidas propostas que em sua inocência não podia compreender.
 Alexandre, ao ver que Maria não queria acudir ao chamado, em um abrir e fechar de olhos, a tomou violentamente pelos braços, tapou-lhe a boca com a mão, arrastou-a para dentro, enquanto fechava a porta com um ponta-pé.
 Diz o Processo Canônico que Maria Goretti, aquela débil menina de doze anos incompletos encontrou forças, para lutar com um leão, somente para defender o tesouro mais querido de sua vida.
  -         Não!  Não!  É pecado!. . .   Não! . . . Não! . . . Que estás fazendo, Alexandre . . . Irás para o inferno!

O MARTÍRIO

     Diante daquela defesa heróica da jovem mártir, o criminoso agarrou a barra de aço e a cravou repetidas vezes naquele corpo virginal. Maria como uma expressão que enterneceria às próprias pedras, exclamava:
      -         Meu Deus!  Meu Deus! . . .  Estou morrendo . . .  Mamãe! . . .  Mamãe! . . .
   Alexandre pensou que ela estivesse morta; Maria, porém, que ainda vivia, começou a pedir socorro a João, o pai do assassino.
    Então Alexandre em seu furor diabólico, apertou a garganta da virgem cristã, desferindo novos golpes com a arma homicida, deixando-a novamente como estivesse morta.
   Maria conseguira a maior batalha de sua vida: conservar a virgindade!
   Acudiram logo Mário e Tereza Cimarelli e outras testemunhas, e até a própria mãe da vítima.
      -         Maria, minha filha que aconteceu? Quem foi . . .  Diga-me, diga-me exclamou sua mãe, surpreendida e emocionada.
-         Foi Alexandre!
-         E por que fez isto?
-         Ele queria fazer coisas más, e eu não quis e não deixei.
  E o criminoso, poucas horas depois, era levado à prisão, entre os gritos furiosos dos vizinhos, que o queriam linchar.  A pobre vítima ficou quase despedaçada.
   Conforme o documento da autópsia, tinha quatorze feridas, nove das quais eram profundas em lesões do coração, pulmão esquerdo, do diafragma, do intestino delgado, do ilíaco, do mesentério. Foi um verdadeiro milagre viver, ainda vinte quatro horas!
   Levaram-na para o Hospital dos Irmãos de São João de Deus, em Nettuno.
  Os médicos tudo fizeram para salvar aquela vida, a sofrer duas horas de verdadeiro martírio, enquanto durou a laparotomia, único recurso, porque não lhe foi possível aplicar anestesia, devido seu estado não o permitir.
  Naquela mesma noite, Maria foi inscrita na Congregação das Filhas de Maria osculando a medalha com verdadeira alegria, em meio à dor que queimava os débeis membros daquela terna açucena.

ALMA HERÓICA

     Na manhã seguinte, domingo, 6 de julho, recebeu a Sagrada Comunhão. Foi comovente a cena que se passou. A sua mãe perguntou-lhe:
-         Maria, minha filha, você perdoa de todo coração ao seu assassino?
-         Sim, perdôo . . . Lá do Céu rogarei para que se arrependa. Ainda mais: quero que ele esteja junto de mim na eterna glória.
    O sacerdote que assistia aquela cena, perguntando também, se Maria perdoava, recebeu as mesmas respostas, e comovido derramou ardentes lágrimas de consolo.
     E a verdade é que Maria conseguiu seu intento, porque no Processo Canônico para a beatificação aparece entre as primeiras testemunhas, Alexandre Serenelli, disposto a não afastar nenhuma humilhação de sua própria pessoa, com tal que fosse para a glória de sua vítima e hoje sua protetora no Céu.
     E aquela fragrante açucena deixou de existir às 15,45 do dia 6 de julho de 1902. O seu enterro não foi um funeral, mas, sim, um verdadeiro triunfo!
   Os restos mortais dessa humilde camponesa italiana repousavam desde 1926 no belo mausoléu de Zaccagnini, erigido para ela no Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno.

O AGRESSOR - PRISÃO, CONVERSÃO, INGRESSO NO MOSTEIRO 

      Alexandre Serenelli,  preso logo após a violenta investida,  foi julgado e  condenado a trabalhos forçados e cumpriu 30 anos de pena, quando recebeu o perdão por sua boa conduta.  Ele próprio declarou ter tido uma visão da  mártir, fato que culminou em sua conversão.  A mãe, os  irmãos e  o próprio assassino puderam assistir em 1950 a solene canonização de Santa Maria Goretti na Praça de São Pedro, então  presidida pelo Papa Pio XII.
    Em 1936,  Alexandre Serenelli ingressara num mosteiro capuchinho e lá viveu o resto de seus dias como frade contemplativo, em vida santa e penitente. Ele próprio, sentindo a aproximação da morte,  escreve de punho um belo e comovente testemunho: 
"Sou um ancião de quase oitenta anos e estou pronto para partir. Dando uma olhadela ao meu passado, reconheço que na minha primeira juventude escolhi o mau caminho, o caminho do mal que me levou à ruína. Via, através da imprensa, os espectáculos e os maus exemplos que a maioria dos jovens seguem nesse mau caminho, sem refletir. E eu fiz o mesmo sem me preocupar com nada.
Tinha perto de mim pessoas que criam e viviam a sua fé, mas não reparava nisso, cego por uma força selvagem que me arrastava para o mau caminho. Quando tinha vinte anos, cometi um crime passional, que hoje fico horrorizado só em recordar. Maria Goretti, agora uma santa, foi o anjo bom que a Providência pôs no meu caminho. Ainda tenho impressas no meu coração as suas palavras de reprovação e de perdão. Ela rezou por mim, intercedeu por mim, seu assassino.
Depois, vieram 30 anos de cárcere. Se não fosse então menor de idade, teria sido condenado a prisão perpétua. Aceitei a sentença que merecia, expiei com resignação a minha culpa. Maria [Goretti] foi realmente a minha luz e a minha protetora; com a sua ajuda, portei-me bem e tratei de viver honestamente quando fui novamente aceito entre os membros da sociedade. Os filhos de São Francisco, os capuchinhos de le Marche, receberam-me no seu mosteiro com a sua angélica caridade, não como um criado, mas como um irmão. Com eles convivo desde 1936.
Agora estou serenamente à espera de ser admitido à visão de Deus, abraçar de novo os meus entes queridos, estar junto do meu anjo protector e da sua querida mãe, Assunta.
Desejaria que os que vierem a ler estas linhas aprendessem o estupendo ensinamento de evitar o mal e de seguir sempre o bom caminho, desde a infância. Pensem que a Religião, com os seus mandamentos, não é algo que possa pôr-se de lado, mas sim o verdadeiro consolo, a única via segura em todas as circunstâncias, também nas mais dolorosas da vida. Paz e bem!"

Reflexões:

Se a imprensa e os espetáculos da época,  conforme atestou Frei Alexandre, foi causa de tanto dano aos jovens que lhe foram contemporâneos, isso há mais de 100 anos atrás,  que dizer da imprensa hoje, representada por vasto leque, desde os meios escritos, radiofônicos, televisivos até os do mundo virtual,  que tanto lixo lança em nossos lares diariamente?  Não é à toa que o Santo Padre sofre tantas investidas quando reafirma a posição da Igreja contra o sexo antes do casamento, prostituição, aborto e métodos contraceptivos;  hoje a apologia a métodos e convenções pecaminosas fazem parte da rotina e os profissionais da imprensa, especialmente seus dirigentes são os primeiros responsáveis e, por seus atos, certamente prestarão contas no dia do Juízo. Sobre isto, lembremo-nos o que diz o Divino Mestre:  

"Porque, a quem muito se tiver dado, muito lhe será exigido; quanto mais se confia a alguém, mais dele se exigirá." (Lc 12, 48)

"Ai do mundo, por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo." (Mt 18, 7)

A inocência das crianças parece hoje comprometida e a nossa inércia, apatia ou aprovação, nos torna  co-responsáveis. Se participamos desse concluio coletivo,  terreno e carnal e aceitamos, difundimos ou não usamos do rigor necessário com nossos filhos impondo-lhes limites, comprometemos a salvação de toda a família.  Do embalo sucessivo das ondas do mundo não nos devemos agremiar,   mas lutar com todas as forças e tendo por referência a doutrina e os ensinamentos da Santa Igreja,  de política impopular e cuja voz é doída aos ouvidos, porque baseada na verdade que conduz à salvação da alma.   Já,  a voz do mundo, é gostosa de ouvir, porque enaltece o ter, o poder, o prazer, enfim a "liberdade" na sua máxima expressão que conduz à perdição eterna, ao inferno.  É, portanto, hora de reflexão e conversão, pois que ninguém sabe se amanhã o coração estará ainda batendo ao peito. 

O único e verdadeiro tesouro que os pais deixam aos filhos são os ensinamentos da Santa Religião. Afinal, eles garantem a eternidade,  garantem que um dia nossa família estará TODA REUNIDA,  com Maria, anjos e santos, na morada eterna de Deus. 

A história do Frei Alexandre Serenelli nos mostra quão grande é a misericórdia divina ao pecador que se arrepende. Pagou sua dívida perante os homens e dedicou anos de mosteiro em vida de duras penitências e extrema santidade. 

Que Santa Maria Goretti, portadora do perdão e da caridade cristã, de pureza em grau elevadíssimo, interceda por todos nós, especialmente pelas crianças, adolescentes e jovens, e que a sociedade reencontre a santidade, a candura, o verdadeiro amor, que ensina a doutrina da Igreja de Cristo. 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Binguinho para arrecadar fundos

No sábado dia 11 de junho de 2011, foi realizada em nossa paróquia (Imaculado Coração de Maria - Alexânia, GO) uma Festa Junina! Participaram da organização da Festinha: a Pastoral Catequética, o Segue-me e o Grupo Santa Maria Goretti.
Mensalmente, temos gastos como xerox, materiais entre outras coisinhas... para não perdermos a oportunidade de aumentar o dinheirinho do nosso caixa, fizemos um binguinho relâmpago durante a festa para arrecadar fundos para as nossas economias :) O prêmio do bingo foi um Jogo de Prato no valor de R$ 1,00 cada cartela.
Conseguimos arrecadar R$ 40,00 com a venda do bingo. Nossos agradecimentos as Gorettinhas vendedoras e dedicadas: Anna Beatriz, Paula, Luisa Gabriela, Letícia, Maria Eduarda e Maríllia. Valeu a pena meninas, obrigado e que o Papai do Céu abençoe vocês :)
Tias Larissa, Thaynara, Camila e Ana Paula durante a Festa Junina!

Equipe Coordenadora

O Grupo Santa Maria Goretti é formado por uma Equipe Coordenadora. Tá Tia Larissa, mais o que é isso?! Bom, a Equipe Coordenadora é a direção do grupinho. Assim como na escola temos a direção, que rege e coordena a escola, no Grupo Santa Maria Goretti também temos! Com a Equipe Coordenadora, temos uma melhor organizaçãodo nosso grupinho.
Qualquer probleminha, é só pedir socorro a alguma das Gorettinhas abaixo. kkkk :)

A Equipe Coordenadora é formada por:
Coordenadoras gerais: Larissa e Thaynara

Coordenadora maior: Letícia

Vice-coordenadora: Daniella
 
Secretária: Maria Eduarda

Tesoureira: Grasiely

Apoio: Luisa


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Apresentação do Grupo Santa Maria Goretti à comunidade

Toda a cidade já sabia da existência do Grupo Santa Maria Goretti, mais até o dia 24 de abril de 2011 não havia sido realizada uma apresentação formal. Então no dia 24/04, domingo da misericórdia e beatificação do papa do João Paulo II, participamos da missa das 9h em nossa Paróquia Imaculado Coração de Maria - Alexânia-GO e fomos apresentadas a toda a comunidade. Foi um dia de muita festa e alegria para a Igreja e para nós! Recebemos uma benção especial do Padre Rômulo e do Diácono Agnaldo Bueno e fomos muitíssimo bem recebidas por todas as pessoas presentes.
Atualmente, nosso Grupo tem 19 meninas e estamos trabalhando para que esse número possa crescer cada vez mais






Procissão do Encontro

No dia 20 de abril de 2011, o nosso Grupo Santa Maria Goretti teve uma participação especial na Procissão do Encontro de Nossa Senhora com seu filho Jesus. Nos encontramos com as mulheres em frente ao Hospital Municipal e começamos nossa caminhada com Nossa Mãezinha rumo ao encontro de Jesus que estava vindo junto com os Coroinhas e os homens do colégio Pedacinho do Céu. 
Após a procissão assistimos a missa. Foi um momento muito bonito!


Natália levando a Cruz.
Da esquerda para a direita: Tia Larissa, Letícia, Maria Eduarda, Yonnara, Natália, Diácono Agnaldo, Sabrina, Stella, Weronycka, Grasiely, Tia Thaynara, Tia Ana Paula, Daniella, Emilly, Maríllia, Paula, Luisa, Maria Eduarda, Anna Beatriz e Hiasmin.

Da esquerda para a direita: Iohana, Letícia, Maria Eduarda, Yonnara, Natália, Diácono Agnaldo, Sabrina, Stella, Weronycka, Grasiely, Tia Thaynara, Tia Ana Paula, Daniella, Emilly, Maríllia, Paula, Luisa, Maria Eduarda, Anna Beatriz e Hiasmin.

Da esquerda para a direita: Tia Larissa, Letícia, Maria Eduarda, Yonnara, Natália, Sabrina, Stella, Weronycka, Grasiely, Tia Thaynara, Tia Ana Paula, Daniella, Emilly, Maríllia, Paula, Luisa, Maria Eduarda, Anna Beatriz e Hiasmin.

Nossos encontros!

 Da esquerda para a direita: Grasiely, Letícia, Tia Thaynara, Natália, Sabrina, Amiguinha da Sabrina que foi nos visitar, Tia Larissa, Daniella, Ana Carla, Maria Eduarda, Luisa, Nathally, Maríllia, Anna Beatriz, Paula, Stella e Weronycka.

Da esquerda para a direita: Tia Larissa, Daniella, Letícia, Grasiely, Natália, Sabrina, Amiguinha da Sabrina que foi nos visitar, Weronycka, Ana Carla, Tia Thaynara, Stella, Luisa, Anna Beatriz, Paula, Maríllia, Maria Eduarda e Nathally.





Nossos encontros são realizados todos os Sabádos, das 16h às 17:30h no Centro Catequético João Paulo II - Alexânia,GO.
Venha você também participar!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Santa Maria Goretti - Quem foi esta menina?



Maria nasceu em 16 de outubro de 1890, em Corinaldo, província de Ancona, Itália. Filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini, terceira de sete filhos de uma família pobre de bens terrenos mas rica em fé e virtudes, cultivadas por meio da oração em comum, terço todos os dias e aos domingos Missa e sagrada Comunhão. No dia seguinte a seu nascimento, foi batizada e consagrada à Virgem. Aos seis anos recebeu o sacramento da Confirmação.
Depois do nascimento de seu quarto filho, Luigi Goretti, pela dura crise econômica que enfrentava, decidiu emigrar com sua família às grandes planícies dos campos romanos, ainda insalubres naquela época.
Instalou-se em Ferriere di Conca, colocando-se a serviço do conde Mazzoleni, neste lugar Maria mostra claramente uma inteligência e uma maturidade precoce, onde não existia nenhum pingo de capricho, nem de desobediência, nem de mentira. É realmente o anjo da família.
Após um ano de trabalho esgotante, Luigi contraiu uma doença fulminante, a malária, que o levou à morte depois de padecer por dez dias. Como conseqüência da morte de Luigi, Assunta teve que trabalhar deixando a casa a cargo dos irmãos mais velhos. Maria freqüentemente chorava a morte de seu pai, e aproveita qualquer ocasião para ajoelhar-se diante de sua tumba, para elevar a Deus suas preces para que seu pai goze da glória divina.
Junto com a tarefa de cuidar de seus irmãos menores, Maria seguia rezando e assistindo a seu curso de catecismo. Posteriormente, sua mãe contará que o terço lhe era necessário e, de fato, o levava sempre enrolado em volta do pulso. Assim como a contemplação do crucifixo, que foi para Maria uma fonte onde se nutria de um intenso amor de Deus e de um profundo horror pelo pecado.

Amor intenso ao Senhor
Maria desde muito pequena ansiava receber a Sagrada Eucaristia. Segundo era costume na época, deveria esperar até os onze anos, mas um dia perguntou a sua mãe: -Mamãe, quando tomarei a Comunhão?. Quero Jesus. –Como vai tomá-la, se não sabes o catecismo? Além disso, não sabes ler, não temos dinheiro para comprar o vestido, os sapatos e o véu, e não temos nem um momento livre. –Pois assim nunca tomarei a Comunhão, mamãe! E eu não posso estar sem Jesus! -E, o que queres que eu faça? Não posso deixar que comungues como uma pequena ignorante.
Diante destas condições, Maria começou a se preparar com ajuda de uma pessoa do lugar, e todo o povo a ajudar dando-lhe a roupa da comunhão. Desta maneira, recebeu a Eucaristia em 29 de maio de 1902.
A comunhão constante acrescenta nela o amor pela pureza e a anima a tomar a resolução de conservar essa angélica virtude a todo custo. Um dia, após ter escutado um intercâmbio de frases desonestas entre um rapaz e uma de suas companheiras, diz com indignação à sua mãe -Mamãe, que mal havia essa menina! -Procura não tomar parte nunca nestas conversações – Não quero nem pensar, mamãe; antes que fazê-lo, preferiria...E a palavra morrer fica entre seus lábios. Um mês depois, ocorre o que ela sentenciou.

Pureza eterna
Ao entrar a serviço do conde Mazzoleni, Luigi Goretti havia se associado com Giovanni Serenelli e seu filho Alessandro. As duas famílias vivem em quartos separados, mas a cozinha é comum. Luigi se arrependeu em seguida daquela união com Giovanni Serenelli, pessoa muito diferente dos seus, bebedor e carente de discrição em suas palavras.
Depois da morte de Luigi, Assunta e seus filhos haviam caído sob o jugo despótico dos Serenelli, Maria, que compreendeu a situação, esforça-se para apoiar sua mãe:
-Ânimo, mamãe, não tenhas medo, que já estamos crescendo. Basta com que o Senhor nos conceda saúde. A Providência nos ajudará. Lutaremos e seguiremos lutando!
Desde a morte de seu marido, Assunta sempre esteve no campo e nem sequer tem tempo de ocupar-se da casa, nem da instrução religiosa dos mais pequenos.
Maria se encarrega de tudo, na medida do possível. Durante as refeições, não se senta à mesa até que todos estejam servidos, e para ela serve as sobras. Sua obsequiosidade se estende igualmente aos Serenelli. Por sua vez, Giovanni, cuja esposa havia falecido no hospital psiquiátrico de Ancona, não se preocupa em nada com seu filho Alessandro, jovem robusto de dezenove anos, grosseiro e vicioso, que gostava de cobrir seu quarto com imagens obscenas e ler livros indecentes. Em seu leito de morte, Luigi Goretti havia pressentido o perigo que a companhia dos Serenelli representava para seus filhos, e havia repetido sem cessar à sua esposa:
-Assunta, volte para Corinaldo! Infelizmente Assunta está endividada e comprometida por um contrato de arrendamento.
Depois de ter maior contato com a família Goretti, Alessandro começou a fazer proposições desonestas à inocente Maria, que em um princípio não compreende.
Mais tarde, ao adivinhar as intenções perversas do rapaz, a jovem está sobre aviso e rejeita a adulação e as ameaças. Suplica à sua mãe que não deixe sozinha na casa, mas não se atreve a explicar-lhe claramente as causas de seu pânico, pois Alessandro a havia ameaçado –Se contar algo a tua mãe, te mato. Seu único recurso é a oração. Na véspera de sua morte, Maria pede novamente chorando à sua mãe que não a deixe sozinha, mas, ao não receber mais explicações, esta o considera um capricho e não dá nenhuma importância àquela reiterada súplica.
No dia 5 de julho, a uns quarenta metros da casa, estão debulhando as favas na terra. Alessandro leva um carro puxado por bois. O faz girar uma e outra vez sobre as favas estendidas no chão. Às três da tarde, no momento em que Maria se encontra sozinha em casa, Alessandro diz:
-"Assunta, quer fazer o favor de levar um momento os bois para mim?" Sem suspeitar nada, a mulher o faz, Maria, sentada na soleira da cozinha, remenda uma camisa que Alessandro lhe entregou depois de comer, enquanto vigia sua irmãzinha Teresinha, que dorme a seu lado.
-"Maria!, grita Alessandro. -Quer queres? -Quero que me sigas. -Para quê? –segue-me!
-Se não me dizes o que queres, não te sigo".
Perante a resistência, o rapaz a agarra violentamente pelo braço e a arrasta até a cozinha, trancando a porta. A menina grita, o ruído não chega ao lado de fora. Ao não conseguir que a vítima se submeta, Alessandro a amordaça e esgrime um punhal. Maria põe-se a tremer, mas não sucumbe. Furioso, o jovem tenta com violência arrancar-lhe a roupa, mas Maria se desata da mordaça e grita:
-Não faças isso, que é pecado... Irás para o inferno.
Pouco cuidadoso com o juízo de Deus, o desgraçado levanta a arma:
-Se não deixar, te mato.
Frente àquela resistência, a atravessa com facadas. A menina se põe a gritar:
-Meu Deus! Mamãe!, e cai no chão.
Pensando que estava morta, o assassino atira a faca e abre a porta para fugir, mas ao escutá-la gemer de novo, volta sobre seus passos, pega a arma e a atravessa outra vez de parte a parte; depois, sobe e se tranca em seu quarto.
Maria recebeu catorze feridas graves e ficou inconsciente. Ao recobrar a consciência, chama o senhor Serenelli: Giovanni! Alessandro me matou... Venha. Quase ao mesmo tempo, despertada pelo ruído, Teresinha lança um grito estridente, que sua mãe escuta. Assustada, diz a seu filho Mariano: -Corre a buscar a Maria; diga-lhe que Teresinha a chama.
Naquele momento, Giovanni Serenelli sobe as escadas e, ao ver o horrível espetáculo que se apresenta diante seus olhos, exclama: -Assunta, e tu também, Mário, vem!. Mario Cimarelli, um trabalhador da granja, sobe as escadas à toda pressa. A mãe chega também: -Mamãe!, geme Maria. -É Alessandro, que queria me fazer mal! Chamam o médico e os guardas, que chegam a tempo para impedir que os vizinhos, muito exaltados, matassem Alessandro no ato.

Sofrimento redentor
Ao chegar ao hospital, os médicos se surpreenderam de que a menina ainda não havia sucumbido a seus ferimentos, pois alcançou o pericárdio, o coração, o pulmão esquerdo, o diafragma e o intestino. Ao diagnosticar que não tem cura, chamaram o capelão. Maria se confessa com toda clareza. Em seguida, durante duas horas, os médicos cuidaram dela sem adormecê-la.
Maria não se lamenta, e não deixa de rezar e de oferecer seus sofrimentos à santíssima Virgem, Mãe das Dores. Sua mãe conseguiu que lhe permitam permanecer à cabeceira da cama. Maria ainda tem forças para consolá-la : -Mamãe, querida mamãe, agora estou bem... Como estão meus irmãos e irmãs?
Em um momento, Maria diz à sua mãe: -Mamãe, dê-me uma gota de água. –Minha pobre Maria, o médico não quer, porque seria pior para ti. Estranhada, Maria continua dizendo:
-Como é possível que não possa beber nem uma gota de água? Em seguida, dirige o olhar sobre Jesus crucificado, que também havia dito Tenho sede!, e entendeu.
O sacerdote também está a seu lado, assistindo-a paternalmente. No momento de lhe dar a Sagrada Comunhão, perguntou-lhe: -Maria, perdoa de todo coração teu assassino? Ela respondeu: -Sim, perdôo pelo amor de Jesus, e quero que ele também venha comigo ao paraíso. Quero que esteja a meu lado... Que Deus o perdoe, porque eu já o perdoei.
Passando por momentos análogos pelos quais passou o Senhor Jesus na Cruz, Maria recebeu a Eucaristia e a Extrema unção, serena, tranqüila, humilde no heroísmo de sua vitória.
Depois de breves momentos, escutam-na dizer: "Papai". Finalmente, Maria entra na glória da Comunhão com Deus amor. É o dia 6 de julho de 1902, às três horas da tardes.

A conversão de Alessandro
No julgamento, Alessandro, aconselhado por seu advogado, confessou: -"Gostava dela. A provoquei duas vezes ao mal, mas não pude conseguir nada. Despeitado, preparei o punhal que devia utilizar". Por isso, foi condenado a 30 anos de trabalhos forçados. Aparentava não sentir nenhum arrependimento do crime tanto assim que às vezes o escutavam gritar:
-"Aníma-te, Serenelli, dentro de vinte e nove anos e seis meses serás um burguês!". Entretanto, alguns anos mais tarde, Dom Blandini, Bispo da diocese onde está a prisão, decide visitar o assassino para encaminhá-lo ao arrependimento. -"Está perdendo o tempo, monsenhor -afirma o carcereiro-, ele é um duro!"
Alessandro recebeu o bispo resmungando, mas perante a lembrança de Maria, de seu heróico perdão, da bondade e da misericórdia infinita de Deus, deixa-se alcançar pela graça. Depois do Prelado sair, chora na solidão da cela, perante a estupefação dos carcereiro.
Depois de ter um sonho onde Maria lhe apareceu, vestida de branco nos jardins do paraíso, Alessandro, muito questionado, escreveu a Dom Blandino: "Lamento pelo crime que cometi porque sou consciente de ter tirado a vida de uma pobre menina inocente que, até o último momento, quis salvar sua honra, sacrificando-se antes de ceder a minha criminal vontade. Peço perdão a Deus publicamente, e à pobre família, pelo enorme crime que cometi. Confio obter também eu o perdão, como tantos outros na terra". Seu sincero arrependimento e sua boa conduta na prisão lhe devolvem a liberdade quatro anos antes da expiração da pena. Depois, ocupará o posto de hortelão em um convento de capuchinhos, mostrando uma conduta exemplar, e será admitido na ordem terceira de São Francisco.
Graças à sua boa disposição, Alessandro foi chamado com testemunha no processo de beatificação de Maria. Foi algo muito delicado e penoso para ele, mas confessou: "Devo reparação, e devo fazer tudo o que esteja a meu alcance para sua glorificação. Toda a culpa é minha. Deixei-me levar pela brutal paixão. Ela é uma santa, uma verdadeira mártir. É uma das primeiras no paraíso, depois do que teve que sofrer por minha causa".
No Natal de 1937, Alessandro dirigiu-se a Corinaldo, lugar onde Assunta Goretti havia se retirado com seus filhos. E vai simplesmente para fazer reparação e pedir perdão à mãe de sua vítima. Nada mais chegar diante dela, pergunta-lhe chorando. -"Assunta, pode me perdoar? -Se Maria te perdoou -balbucia-, como eu não vou te perdoar?" No mesmo dia de Natal, os habitantes de Corinaldo ficam surpresos e emocionados ao ver aproximar-se à mesa da Eucaristia, um ao lado do outro, Alessandro e Assunta.

Diác. Agnaldo Bueno

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Cofrinho!

No encontro de hoje, iremos confeccionar um cofrinho para juntarmos o dinheirinho do nosso dízimo!
Cada Gorettinha irá juntar suas moedinhas, para pagar o dízimo mensalmente, aaaah, e não vale pedir pra mamãe ou pro papai não viiiu?! É pra juntar meeeesmo *-* E o nosso dízimo é de R$0,50 à R$2,00 ook ?!



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tirinhas super legais *-*

A Tia Larissa estava navegando pela internet em busca de novidades para o blog, e olha só o que eu achei *-* Tirinhas super divertidas do Cisco e o reino de amor! Um garotinho pequeno, como um cisco, em estatura e humildade. Ele usa uma roupinha parecida com um hábito religioso e assume verdadeiramente os ensinamentos do Senhor Jesus. Ele gosta muito de São Francisco de Assis, tanto que sua brincadeira favorita é a de ser um frade. Vive lindas aventuras com sua turminha, cheias de ensinamentos como: amor, fraternidade, perdão, amizade e cuidados com a natureza. Uma das coisas que Cisco mais gosta de fazer é ajudar os pobres e desamparados, neles encontra a imagem de Jesus Cristo que sofre. 

(Para vê-las em tamanho maior, é só clicar)







Para ver mais tirinhas, é entrar no blog: http://ciscodoamor.blogspot.com :)
Tenham uma ótima semana!
E não se esqueçam que amanhã temos encontro!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Dia 25 de dezembro - Natal

O nascimento de Jesus

Era uma vez uma mulher chamada Maria. Ela era muito bondosa e gostava de Deus. Por isso, Deus um dia mandou um anjo dar a Ela uma grande notícia: Ela fora escolhida para ser a mãe de um menino conhecido como "Filho de Deus".
Maria ficou muito feliz e disse a Gabriel, o anjo, que aceitava ser a mãe do "Filho de Deus".
Todos esperaram com alegria a vinda do menino. Muitos achavam que ele nasceria em um castelo e seria um rei muito poderoso.
Maria e José esperaram nove meses e, quando a criança estava para nascer, procuraram um lugar onde pudessem ficar. Só que ninguém queria dar abrigo aos dois. Cansados, eles tiveram de ficar num estábulo, junto a alguns animais.
E foi ali, num bercinho de palha, que nasceu Jesus, o "Filho de Deus". Quando Ele veio ao mundo, as estrelas do céu brilharam mais forte.
Três reis magos esperavam com ansiedade a vinda do menino Jesus. Uma grande estrela brilhante os guiou para onde a criança havia nascido.
Gaspar, Melchior e Baltazar seguiram então aquela luz. Chegando ao local, presentearam a criança com ouro, incenso e mirra, uma substância perfumada.
Até hoje se comemora o nascimento de Jesus em 25 de dezembro, dia de Natal. Nesse dia as pessoas festejam trocando presentes e relembrando a vinda do menino Jesus.


Abaixo tem algumas imagens para colorir :)
É só clicar nelas e colocar para imprimir, e pintar bem bonito!










Desejamos um Feliz Natal a todos, cheio de bençãos, amor, carinho, prosperidade e intercessão de Nossa Senhora e dos Santos Anjos! Que neste Natal possamos refletir no amor de Cristo por nós, para que Ele possa nascer novamente nos nossos corações! Feliz Natal galerinha :)